Vestígios do desastre em Brumadinho
territorialidades fotográficas de rememoração
DOI:
https://doi.org/10.22484/2177-5788.2024v50id5516Palavras-chave:
território, desastre, memória, fotografiaResumo
O objetivo deste artigo é aproximar as noções de território, memória, rememoração, imagens e catástrofes, de maneira a explorar o papel da fotografia e dos vestígios em práticas de resistência à ação predatória de mineradoras, como a Vale, cuja prática extrativista desencadeou uma crise ambiental profunda, desordenando os vínculos e “nexos locais” entre habitantes humanos e não-humanos de Brumadinho. A partir do ensaio fotojornalístico, realizado pelo repórter fotográfico Juarez Rodrigues para o jornal Estado de Minas em janeiro de 2019, elaboramos análises nas quais a rememoração é apresentada como um processo relacional que se articula à performatividade das imagens de modo a buscar não somente um novo contato com o passado, mas também a transformação do presente e das territorialidades em risco (Santos,2006; Haesbaert, 2023). Em diálogo com Susan Sontag (2003, 2004) e Andrea Calderón (2020), mostramos como a rememoração (Gagnebin, 1999, 2014) cria narrativas lacunares através de vestígios que, figurados nas imagens, redefinem formas de vida em meio ao desastre, desestabilizando formas consensuais de pensar a experiência.
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