Corpo feminino, adolescência e mundo virtual
narrativas de meninas adolescentes sul-mato-grossenses
DOI:
https://doi.org/10.22484/2318-5694.2025v13id5648Palavras-chave:
filtros de embelezamento, redes sociais, procedimentos e cirurgias estéticasResumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida com 23 meninas adolescentes sul-mato-grossenses, cujo objetivo consistiu em averiguar se a imagem gerada pelo uso de ferramentas de realidade aumentada disponíveis nas redes sociais – os filtros de embelezamento –, interfere na percepção da autoimagem, ocasionando o desejo de modificar o próprio corpo através de procedimentos e cirurgias estéticas. A coleta de dados se deu por meio de uma Roda de Conversa e do preenchimento de um formulário estruturado, sendo que a sua análise se pautou na Teoria Crítica, especialmente nos trabalhos de Adorno e Horkheimer (1985), Debord (1997), Sibília (2016) e Pacífico (2021). Os resultados apontam que os filtros de embelezamento interferem na autoestima e criam expectativas irreais sobre a percepção da beleza, ocasionando um círculo vicioso, alimentado pelo vazio existencial. Em contrapartida, a tomada de consciência sobre os condicionantes sociais que alimentam a busca pelo corpo perfeito pode contribuir com o encorajamento e a valorização das características físicas naturais, rompendo com a necessidade de se amoldar aos padrões e quebrando o círculo que as mantém presas à visualização de conteúdos que ignoram a diversidade humana e incentivam o esvaimento da subjetividade.
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