Adolescência e necropolítica
o caso do policialesco cearense Cidade 190
DOI:
https://doi.org/10.22484/2177-5788.2024v50id5354Palavras-chave:
necropolítica, adolescência, programas policialescosResumo
O artigo propõe analisar a relação entre televisão, adolescência e necropolítica, a partir do conceito de necropolítica, de Achille Mbembe em diálogo com o conceito de criminologia midiática de Raúl Zaffaroni. Procura-se entender como o programa policialesco Cidade 190, veiculado pela TV Cidade, afiliada à Record no Ceará, constrói narrativas que colaboram para a legitimação de ações políticas que promovem exclusões e, em última instância, determinam quem pode permanecer vivo ou deve morrer. Analisou-se 202 matérias do programa Cidade 190, nos anos de 2018 e 2021, a fim de perceber a recorrência da abordagem sobre adolescentes em associação com atos criminosos. A ênfase nesse grupo social se dá, tendo em vista a alta taxa de mortalidade de adolescentes negros e periféricos no Ceará. A partir da análise dos modos de endereçamento, com ênfase no papel do apresentador como mediador e nos temas abordados, comprovou-se a construção de narrativas violadoras de direitos contra adolescentes vulnerabilizados.
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