Os feminismos e suas contribuições para a compreensão do protagonismo das crianças

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22483/2177-5796.2022v24id4073

Palavras-chave:

educação, direitos humanos das mulheres, direitos das crianças.

Resumo

No presente ensaio trazemos questões sobre os Direitos Humanos das Mulheres e das crianças, mencionando suas aproximações e percebendo o necessário ativismo das educadoras para com uma Educação emancipadora e feminista, sendo referidos Direitos das mulheres desvalorizados desde a criação dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), na França. Assim, entendendo gênero como construção social das relações de poder, é trazida a este artigo a ideia da Educação Infantil em união à luta das mulheres. A metodologia utilizada pautou-se em cunho bibliográfico. Mulheres e crianças encontram-se nas pautas da Lei Máxima do Brasil (1988), sendo o ponto de partida deste texto a valoração da efetivação dos direitos presentes nas letras das leis brasileiras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Laura Bonini Rodrigues de Souza, Universidade Estadual Paulista - UNESP

Mestranda no programa de Pós-Graduação em Educação na Faculdade de Filosofia e Ciências, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Marília - SP, possui graduação em Direito pelo Centro Universitário Eurípedes de Marília (UNIVEM). Faz parte do corpo editorial da Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília - IPPMar. É integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas HiDEA-Brasil-História das disciplinas escolares e acadêmicas no Brasil (Saberes, práticas e culturas escolares e acadêmicas), e do Núcleo de gênero e diversidade sexual na Educação.

Flavio Santiago, Universidade de São Paulo - USP

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos, mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas, durande o doutoramento realizou estágio na Università degli Studi di Milano- Bicocca. Atualmente é pós-doutorando da Universidade de São Paulo junto ao Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada da Faculdade de Educação e professor de educação básica da Prefeitura Municipal de Ribeirão Bonito.

Rosane Michelli de Castro, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Possui Graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Graduação em Educação Física pela Universidade de Marília, Mestrado em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Doutorado em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Pós-Doutorado pela Fundação Carlos Chagas. Atua como professora assistente na Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e como professora permanente junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da FFC - Unesp/Marília. 

 

Referências

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Polén, 2019.

ALANEN, L. Estudos feministas/estudos da infância: paralelos, ligações e perspectivas. In: CASTRO, L. R. (org.). Crianças e jovens na construção da cultura. Rio de Janeiro: NAU, 2001. p. 69-92.

BURKE, P. O que é história cultural? 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

BUTLER, J. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

BRANDÃO, I. et al. Anos 2000: novas topografias teórico-feministas. In: BRANDÃO, I. et al. Traduções de cultura: perspectivas criticas feministas. Florianópolis: Editora UFSC, 2017. p. 49-56.

BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, de 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em: 1 jan 2018.

CRENSHAW, K. A interseccionalidade na discriminação de raça e gênero. Cruzamento: raça e gênero. Ação Educativa. Brasília: Unifem, 2012. p. 7-16. Disponível em: https://static.tumblr.com/7symefv/V6vmj45f5/kimberle-crenshaw.pdf. Acesso em: 10 Set. 2019.

DIRKS, N. B. Le inquietude ni del post colonialismo storia, antropologia e critica postcoloniale. Antropologia, Roma, v. 2, n. 2, p. 16-46, 2002.

FACCHINI, R. Feminismos e estudos sobre mulheres e gênero no Brasil: um olhar a partir das articulações presentes na luta por creches. In: TELES, M. A.; SANTIAGO, F.; FARIA, A. L. (orgs.). Por que a creche é uma luta das mulheres? Inquietações feministas já demonstram que as crianças pequenas são de responsabilidade de toda a sociedade! São Carlos: Pedro & João Editores, 2018. p. 35-64.

LLOBET, V. Políticas sociales y ciudadanía: diálogos entre la teoría feminista y el campo de estudios de infancia. Frontera Norte, México, v. 24, n. 48, p. 7-36, dez. 2012.

LOURO, G. L. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, Campinas, v. 19, n. 2, p. 17-23, 2008.

MIGUEL, A. Exercícios colonizadores a título de prefácio: isto não é um prefácio e nem um título. In: FARIA, A. L. G. de. et al. Infância e pós-colonialismo: pesquisas em busca de pedagogias descolonizadoras. Campinas: Leitura Crítica/ALB, 2015. p. 25-55.

MARCHI, R. C. Gênero, infância e relações de poder: interrogações epistemológicas. Cadernos Pagu, Campinas, n. 37, p. 387-406, 2011.

NASCIMENTO, M. L. B. P. Estudo da infância e desafios da pesquisa: estranhamento e interdependência, complexidade e interdisciplinaridade. Childhood & Philosphy, Rio de Janeiro, v. 14, p. 11-25, 2018.

PAVEZ-SOTO, I. O ser livre das meninas de hoje. Zero-a-Seis, Florianópolis, v. 23, n. 43, p. 1061-1080, 12 mar. 2021.

PEREIRA, A. O.; SANTIAGO, F. Cores que desenham o mundo: infâncias e as marcas de gênero, raça e classe. Educação, Santa Maria, v. 45, n. 1, p. e2/ 1–23, 2020.

QVORTRUP, J. Visibilidades das crianças e da infância. Linhas críticas, Brasília, v. 20, n. 41, p. 23-42, jan./abr. 2014.

QVORTRUP, J. A infância enquanto categoria estrutural. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 631-643, ago. 2010.

RIBEIRO, D. O lugar de fala: feminismos plurais. São Paulo: Polén, 2019.

ROSEMBERG. F. A cidadania dos bebês e os direitos de pais e mães trabalhadoras. In: FARIA, A. L. G. de; FINCO, D.; GOBBI, D. Creche e feminismo: desafios atuais para uma educação descolonizadora. Campinas: Edições Leitura Crítica, 2015. p. 163-184.

ROSEMBERG, F. Educação: para quem? Ciência e Cultura, São Paulo, v. 12, n. 28, p. 1467-1471, 1976.

ROSEMBERG, F. Educação infantil e relações raciais: a tensão entre igualdade e diversidade. Caderno de Pesquisa, São Paulo, v. 44, n. 153, p. 742-759, 2014.

SAFFIOTI, H. O conceito de patriarcado. In: SAFFIOTI, H. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Fundação Perseu Abreu, Expressão Popular, 2015. p. 56-65.

SCOTT, Joan Wallach. A invisibilidade da experiência. Projeto História, São Paulo, n. 16, p. 297-325, fev. 1998.

SANTIAGO, F. Eu quero ser o sol! crianças pequenininhas, culturas infantis, creche e intersecção. São Carlos: Pedro & João Editores, 2019.

TELES, M. A. de A. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993.

TELES, M. A. de A. O que são os direitos humanos das mulheres? São Paulo: Brasiliense, 2007.

Downloads

Publicado

28-09-2022

Como Citar

SOUZA, Ana Laura Bonini Rodrigues de; SANTIAGO, Flavio; CASTRO, Rosane Michelli de. Os feminismos e suas contribuições para a compreensão do protagonismo das crianças. Quaestio - Revista de Estudos em Educação, Sorocaba, SP, v. 24, p. e022026, 2022. DOI: 10.22483/2177-5796.2022v24id4073. Disponível em: https://uniso.emnuvens.com.br/quaestio/article/view/4073. Acesso em: 9 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Demanda