John Locke e a educação
apontamentos acerca das contradições explícitas em uma perspectiva naturalizadora de desigualdades
DOI:
https://doi.org/10.22483/2177-5796.2021v23n3p819-841Palavras-chave:
Pressupostos liberais, John Locke, Educação.Resumo
Este artigo se propõe, a partir de uma abordagem materialista-dialética, a analisar as condições históricas que possibilitaram o desenvolvimento dos pressupostos liberais no contexto da modernidade e discuti-los enquanto ideologia, que se tornou a hegemônica defensora da primazia dos direitos naturais do homem burguês moderno, considerando-se, principalmente, os enunciados teóricos de John Locke (1632-1704). A partir das análises realizadas, percebe-se que, em última instância, este legado teórico tem como cerne a defesa dos direitos naturais, essencialmente, da liberdade, da igualdade e, da propriedade. Busca-se, então problematizar as implicações desse pensamento para educação no bojo das transformações históricas, já que, ao homem burguês moderno caberia uma educação voltada para coordenar a nova sociedade capitalista que se forjava, qual seria então aquela destinada ao trabalhador livre assalariado, nascente juntamente com a burguesia em ascensão?
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