A ESCOLA E A (RE)PRODUÇÃO DO CAPACITISMO
DOI:
https://doi.org/10.22483/2177-5796.2025v27id5353Palavras-chave:
capitalismo, escola, capacitismo.Resumo
O ensaio propõe uma reflexão acerca do capacitismo presente na escola sob a forma de preconceito e desvalorização das habilidades de pessoas com deficiência, decorrente da crença de que sujeitos que experimentam condição física, sensorial ou cognitiva diversa são “menos produtivos” ou “menos capazes”. Nesse sentido, é objetivo desta investigação buscar compreender como as experiências relacionais vivenciadas por estudantes no ambiente escolar podem produzir, reproduzir ou inibir o capacitismo. O texto está organizado metodologicamente em revisão bibliográfica na perspectiva de uma leitura crítica alicerçada em autores de referência na temática abordada. Serão analisados o percurso histórico da inclusão e da deficiência, e, em publicações que versam sobre a escola, o capitalismo e a deficiência e as implicações do capacitismo para a inclusão escolar. Em seguida, serão objetos de exploração as concepções sobre o modelo médico e as práticas capacitistas com pessoas com deficiência, precedidas de considerações acerca desse percurso metodológico e analítico. Dessa demanda, foi possível verificar que a crença na incapacidade dos corpos que não condizem com um padrão normativo assenta-se no modelo médico que compreende a corporeidade humana em estreita relação com o modo de produção capitalista. Nesse contexto, o ensaio analisa como o ambiente escolar por vezes (re)produz práticas excludentes e capacitistas e apresenta uma proposta de diálogo sobre a temática, na perspectiva de que a escola adote novas práticas emancipadoras e inclusivas.
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