Educação e o tempo presente

menos carpe diem, mais alegria na escola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22483/2177-5796.2021v23n1p199-209

Palavras-chave:

Educação escolar, Sociedade dos Poetas Mortos, Georges Snyders

Resumo

Este artigo é um ensaio que, a partir do filme Sociedade dos Poetas Mortos e dos livros Alunos Felizes e A Alegria de Ensinar, busca provocar a reflexão sobre a escola e suas prerrogativas de educar para o pleno desenvolvimento da pessoa, exercício da cidadania e a qualificação profissional. Ao cotejar o sentido de carpe diem – um dos principais mantras do fictício professor Keating – com pressupostos teóricos de Georges Snyders e Rubem Alves a respeito da felicidade e alegria na escola, espera-se revelar elementos para uma necessária axiologia da educação escolar, cada vez mais voltada apenas para aspectos cognitivos, pragmáticos e evidenciados por meio de testes de medidas padrão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Ivan Fortunato, Instituto Federal de São Paulo - IFSP - Itapetininga

Doutor em Desenvolvimento Humano e Tecnologias e Doutor em Geografia, ambos pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro. Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), campus Itapetininga e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCAr, campus Sorocaba.

Referências

ALVES, R. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. Campinas: Papirus, 2001.

ALVES, R. A alegria de ensinar. São Paulo: ARS Poética, 1994.

CARVALHO, R. M. B. de. Georges Snyders: em busca da alegria na escola. Perspectiva, Florianópolis, v. 17, n. 32, p. 151-170, 1999.

DÖPPENSCHMITT, E. O esvaziamento da experiência docente: relatos orais de professores provocados com base na exibição do filme Sociedade dos Poetas Mortos. Cadernos CERU, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 71-84, 2009.

FREINET, C. As técnicas de Freinet da escola moderna. Lisboa: Editorial Estampa, 1975.

McLAREN, P.; LEONARDO, Z. Deconstructing surveillance pedagogy: dead poets society. Studies in the Literary Imagination, Atlanta, v. 31, n. 1, p. 127-147, 1998.

NASCIMENTO, A. S. R. do. Educação e Carpe Diem: reflexões sobre a teoria pedagógica no filme Sociedade dos Poetas Mortos. 2003. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, 2003.

NEILL, A. S. Um mestre contra o mundo: o fracasso que floriu numa nova escola. São Paulo: IBRASA, 1978.

OLIVIER, B. The amplification of reason, or the recuperation of imagination: Peter Weir’s Dead Poets Society. South African Journal of Philosophy, África do Sul , v. 20, n. 2, p. 171-190, 2001.

SAVIANI, D. Escola e democracia: para além da “teoria da curvatura da vara”. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 5, n. 2, p. 227-239, 2013.

SEREY, T. T. Carpe Diem: lessons about life and management from Dead Poets’ Society. Journal of Management Education, Califórnia, v. 16, n. 3, p. 374-381, 1992.

SNYDERS, G. Alunos felizes: reflexão sobre a alegria na escola a partir de textos literários. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

SOCIEDADE dos Poetas Mortos. Direção de Peter Weir. Burbank. Roteiro de Tom Schulman. Califórnia: Walt Disney Studios, 1989. 1 DVD (2h20min.).

Publicado

2021-04-30

Como Citar

FORTUNATO, Ivan. Educação e o tempo presente: menos carpe diem, mais alegria na escola. Quaestio - Revista de Estudos em Educação, Sorocaba, SP, v. 23, n. 1, p. 199–209, 2021. DOI: 10.22483/2177-5796.2021v23n1p199-209. Disponível em: https://uniso.emnuvens.com.br/quaestio/article/view/3805. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Secção

Artigos de Demanda